23 de janeiro de 2014

Lembranças - O bicho

Essa noite foi punk. Eu sempre tive nojo/medo de mariposas, mas às 4h da manhã de hoje eu percebi que só posso ter motefobia, que é o medo incontrolável de borboletas ou mariposas.

Eu dormi com a janela aberta. Aliás, todo mundo do meu prédio dormiu, porque em Curitiba está anormalmente calor. E antes de dormir eu sempre deixo a luz da sala acesa e a do quarto apagada, pra me certificar que se alguma mariposinha (e pernilongos e bichinhos atraídos pela luz) estava no meu quarto durante o dia, guie-se pela luz e vaze do meu cantinho. Pois bem, como sempre fiz isso, fechei a porta do quarto e dormi.

Acordei com um barulho bizarríssimo, como se um pássaro tivesse entrado no meu quarto e estivesse se debatendo por tudo. Eu não sei como aconteceu, porque eu nem vi, mas num pulo eu estava na sala com o coração na garganta. Meu cérebro instantaneamente associou o barulho ao meu maior inimigo alado: mariposa. Eu respirei fundo e dei uma espiadinha no quarto. É, era sim. Enorme. Cada asa quase do tamanho da minha mão. E pousou do lado da cama, entre meu criado-mudo e a janela. Assim que a vi, comecei a tremer (é sério). "Bicho mais burro", pensei, "a janela tá a 10cm de você!". 

Meu coração batia muito rápido, e comecei a pensar no que fazer, porque nunca nessa vida que eu dormiria no mesmo quarto que uma monstrenga daquelas. Peguei a toalha de rosto do banheiro, fiz uma bolinha e arremessei nela, com a esperança que ela saísse voando pela janela. Ah, a esperança, essa DESGRAÇADA! A diaba da mariposa veio é voando pra cima mim, fazendo aquele barulhão de urubu batendo asa. Eu queria muito que o apartamento tivesse câmeras pra que eu pudesse ver todas as minhas reações, porque eu simplesmente não vi nenhuma delas acontecerem, eu simplesmente seguia meu instinto. Sei que quando percebi eu estava na cozinha com uma vassoura na mão. De fininho, fui pra sala ohando milimetricamente pra cada canto, e quando vi, o bicho estava pousado no chão, entre mim e meu quarto. Só aí pude reparar que ela tinha as asas desgastadas, antenas enormes e patas maiores ainda. Minhas pernas começaram a tremer de um jeito que nunca vi antes. Dei uns passos pra trás e comecei a pensar no absurdo que eram minhas pernas tremerem por causa de uma mariposa. Dois passos pra frente, a avistei de novo. Pernas tremem mais. Dois passos pra trás.

Eu não queria matar a coitada. Apesar de morrer de medo dela, tinha dó... ela não merecia morrer só por estar perdida. Mas eu não via outra opção. Respirei fundo, dei uma vassourada nela e corri pra cozinha de novo. Não a acertei, ouvi ela se debater e depois parar. Fui até a sala e do corredor vi que ela tinha entrado no quarto do meu irmão (ele não estava em casa e a janela estava fechada). "Ok minha filha, é isso aí, você vai ficar aí até segunda ordem". Fechei a porta. 

Fui pro meu quarto, fechei metade da janela (porque fechar ela toda estava impossível por conta do calor), deitei e não conseguia pensar em outra coisa se não outra mariposa entrando pela janela. Mas dormi.

De manhã escutei a demonha se debater no quarto do meu irmão. Fiquei com pena, mas não tenho coragem de entrar lá. É inexplicável, eu simplesmente não consigo. Minha vontade de soltá-la nem se compara ao meu medo/nojo. 

Pois bem, até meus pais chegarem amanhã e soltarem a desgraçada coitada, minha nova roomie é uma mariposa de 15cm.


20 de janeiro de 2014

Lembranças - 3 vezes felicidade



Quando a gente é criança quase tudo é motivo de alegria, até achar bolacha mole, desde que seja recheada. Uma das coisas que me deixava muito, muito, mas muito feliz quando eu tinha uns 7 ou 8 anos eram brindes. Qualquer tipo de brinde: tatuagem de chiclete, figurinha de bala, chaveirinho que vinha com a revista Smack! (quem lembra?), lápis de cor que vinha com revista de colorir... e tazos. MUITOS TAZOS. Eu e meu irmão fazíamos coleção, meu pai chegou até a mandar fazer um álbum com aquelas divisões de plástico pra gente guardar.

Era a época dos tazos Pokémon (porque né, tiveram várias épocas de tazos com vários temas), e eu lembro de juntar umas moedas pra comprar um cheetos chulé bola, o preferido de toda criança, pra ganhar mais um tazo. Fui até o mercado e comprei meu salgadinho. A primeira coisa que fiz depois de abrir o pacote foi procurar pelo brinde, que achei rapidinho, e era um que eu ainda não tinha. Fiquei super satisfeita. Sentei no banquinho da cozinha e fui comendo, quando de repente senti uma coisa diferente... olhei pra dentro do saco e era outro tazo! Mais um que eu não tinha! Não me lembro bem quais eram, mas um deles era daqueles holográficos (que a gente ficava passando a unha pra fazer aquele barulhinho engraçado). Fiquei eufórica, fui correndo mostrar pro meu irmão. Aí, só de curiosidade, olhei no saco de novo... já que vieram dois, por que não trê? Dei uma reviradinha e... TINHA MAIS UM TAZO MESMO! Três tazos num único pacote de salgadinho! Era como se eu tivesse ganhado na loteria! No dia seguinte saí contando pra todo mundo que meu pacote de cheetos tinha 3 tazos. Pra mim, naquela época, 3 vezes felicidade :)

19 de janeiro de 2014

Desculpas & Inspiração

Gente, dessa vez não tenho perdão. Sumi por um tempo porque simplesmente resolvi me dar ao luxo disso haha! Estou curtindo meu tempo livre enquanto posso. Muitíssimo em breve começa a correria do meu TCC, depois trabalho, e aí já viu... 

Sumi também porque passei pelo maior bloqueio mental bloguístico de todos os tempos. Eu sentei várias vezes pra escrever sobre vários assuntos mas a inspiração simplesmente não veio. Mas enfim, hoje estou aqui e espero que isso não aconteça de novo (bom, se eu cheguei a postar isso é porque não aconteceu hahaha).

Na verdade a inspiração não vem quando eu quero... vocês devem saber que pra escrever a gente não escolhe simplesmente tema e fala sobre ele. Não é fácil assim. Esse "falar sobre o tema" requer uma concentração absurda que ultimamente (férias, né?) não tem me contemplado. É por isso que muitas vezes passo dias, semanas ou meses (cof cof!) sem postar. Os temas são muitos, mas as ideias nem sempre se organizam no papel, ou na tela, como a gente quer. 






















Pra mim a inspiração vem de uma maneira engraçada: atropelando tudo. Se vem, eu tenho que parar o que eu estiver fazendo (vendo tv, comendo, e até dormindo! ~sonhos) pra escrever/desenhar, ou ela passa e eu esqueço do que se tratava. Herança do meu pai, que acorda às 2h da madrugada pra escrever. E é justamente esse parar pra prestar atenção nela que ainda tenho que exercitar. Ainda não tenho o hábito de anotar tudo o que penso ou de andar com uma caderneta. Na verdade é um pouco de preguiça, já que eu ando com sketchbook pra lá e pra cá e nem sempre tiro da mochila pra desenhar logo que a ideia vem na cabeça.
Mas olha, essa já pode ser minha primeira meta pra 2014: anotar/desenhar minhas inspirações assim que elas baterem na porta.

By the way, feliz 2014 para todos! (só um pouquinho atrasado)
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